Estresse e a morte dos neurônios Dr. Carlos Augusto Bittencourt Silva (Gugu, criador do Projeto Gugu).
Os danos causados pelo desaparecimento (morte) gradual das células nervosas (neurônios) podem ir, desde pequenos lapsos de memória até doenças degenerativas, como os males de Alzheimer e Parkinson. E uma das coisas responsáveis por isso é o nosso conhecido estresse.
O estresse, na verdade não existe para nos atacar, ao contrário, seria uma reação de defesa do organismo diante de um perigo eminente, despejando substâncias que preparariam o corpo para lutar ou fugir. O estresse foi muito útil ao homem primitivo, sempre às voltas com animais selvagens e outras ameaças. Pequenos sustos do dia a dia, problemas que se sucedem, podem desencadear uma mesma cascata hormonal. Hoje já se sabe que quem consegue levar uma vida sem grandes sobressaltos tem mais chance de preservar seus neurônios.
Como o cérebro se defende? Quando sente o perigo (real ou imaginário) o cérebro ativa a amígdala cerebral (uma estrutura no meio da massa cinzenta), que recebe, da córtex cerebral, ordem para liberar a corticotropina, que vai atuar sobre as glândulas adrenais. Chegando nas adrenais, a corticotropina estimula a liberação da adrenalina e do cortisol. Estes hormônios aumentam a freqüência cardíaca, dão mais energia ao corpo, como também, inibem a fome. Quando as tensões ficam muito acumuladas, os hormônios liberados (cortisol e adrenalina) ultrapassam os limites do suportável, o corpo e a mente acusam o golpe.
Os animais irracionais só sentem o estresse em frente aos perigos reais, o homem graças a sua inteligência pode sofrer o estresse por antecipação, fruto do medo e da ansiedade.
A intensidade do estresse e o tempo de exposição a essa tensão constante levam a mudanças na estrutura das células nervosas, capazes de matá-las.
Preserve sua mente!
Coma direito - Capriche nas frutas legumes e peixes, como as sardinhas, arenques e salmão. Têm ômega-3 que aumenta a produção dos neurotransmissores relacionados com o humor e disposição psíquica.
Faça exercício - Diminui a ansiedade, a tensão e a fadiga.
Procure meditar, pensar, raciocinar - São os exercícios do cérebro.
Fique em contato com a natureza - Ambientes com plantas , flores, vegetais, árvores, fazem bem à saúde. A simples contemplação de uma bela paisagem traz renovação física e mental.
Beije, abrace e faça o amor - Cientistas concluíram que quanto mais se amar, maior é o alívio da tensão emocional.
Cuidemos, com carinho, dos nossos neurônios . Eles nos farão grande falta.