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Já foi comprovado através de pesquisas que um programa regular de exercícios físicos traz benefícios em qualquer idade, principalmente para idosos. A prática contínua de qualquer atividade física já melhora e muito a qualidade de vida de pessoas da terceira idade, aumentando a resistência, força muscular, equilíbrio, memória, agilidade e reflexo que tendem a diminuir com o passar dos anos. Dona Maria Alice Menezes, 79 anos, é um bom exemplo dos resultados que a atividade trás para o idoso. Assídua há 12 anos nas atividades do Centro de Convivência da Terceira Idade do Centro de Itaguaí, ela conta com entusiasmo o melhoramento do seu condicionamento físico, através do programa elaborado pelos profissionais da área, como por exemplo, professores de educação física, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, dentre outros, que compõem o quadro de funcionários do espaço. “Tive câncer de mama e um ano depois dor no braço, que o médico recomendou massagem. Quando terminou as massagens, fui orientada a fazer os demais exercícios com os outros idosos. Hoje estou curada do câncer. Se não fosse essas atividades eu poderia estar em uma cadeira de rodas”, conta Dona Maria Alice que pensava que o espaço era somente para pessoas necessitadas. “Tinha preconceito. Hoje participo de tudo. Faço parte do coral e saio daqui com a alma lavada”, alegra-se.
O sedentarismo é uma das maiores armas contra a saúde. “Alguns idosos acham que está melhor e param de fazer as atividades o que é um erro. Tem que ser contínuo, para prevenir uma série de complicações”, emenda a psicóloga Patrícia Maria da Silva. A alimentação é outro fator importante para manter a qualidade de vida do idoso. “Todos os dias oferecemos lanches com frutas para eles. Pensamos naqueles que não têm condições financeiras e também naqueles que têm, mas por viverem sós, se descuidam com a alimentação”, diz Claudia Valéria Azevedo dos Reis Aguiar, coordenadora administrativa do Centro, que ainda completa. “Somente idosos que apresentam atestados médicos podem participar das nossas atividades”, frisa.
A intrépida idosa, Maria Alice Menezes, uma portuguesa naturalizada brasileira, representou recentemente o município de Itaguaí na Conferência Nacional do Idoso em Brasília, venceu a depressão e solidão, através das atividades. “Corto a grama do meu quintal e ando muito. Procuro viver uma vida de qualidade”, ensina. Para ela, o idoso pode melhorar e muito sua saúde, podendo ganhar mais anos de vida, através dos exercícios. “Quando as autoridades se preocuparem mais com a prevenção ao invés da doença, os hospitais ficarão com menos idosos”, acredita. “Não somos como um sapato velho que tem que ficar de lado. A mentalidade da família precisa mudar”, diz dona Maria Alice que vê nos companheiros do Centro uma grande família. “Aqui é maravilhoso. Não somos irmãos de sangue, mas de coração”, finaliza.
Este trabalho voluntário começou em 1992, através de uma iniciativa de uma psicóloga e uma assistente social, moradoras do município. Após um ano de trabalho, criou-se O Centro de Convivência da Terceira Idade. Hoje o espaço tem mais de 250 idosos cadastrados e atende frequentemente uma média de 140 por dia, oferecendo atividades de artesanato, caminhada, alongamento, capoeira, dança folclórica, ioga, grupo de memória, dentre outras atividades. Com a crescente demanda, foi necessário ampliar o trabalho. Os CRAS do Brisamar e Chaperó ganharam núcleos para atender os idosos interessados na prática de exercícios. E uma novidade, em primeira mão para o ATUAL. O Centro ganhará em breve, um novo espaço, ao lado da Casa de Cultura.
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