NOVA YORK - Há um consenso sobre a falta de interesse sexual da mulher na meia idade e após a menopausa que os cientistas acabam de derrubar. Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh começaram a estudar 600 mulheres entre 40 e 65 anos em 2005 e, depois de quatro anos, classificaram 354 das iniciais 602 participantes como sexualmente ativas. No oitavo ano da pesquisa, 85% continuaram desta forma, segundo um relatório publicado na revista “JAMA Internal Medicine”.
- Mulheres que diziam que o sexo era moderadamente ou extremamente importante tinham três vezes mais chances de permanecer ativas em relação às que não consideravam sexo uma prioridade - explicou ao “Daily Mail” a pesquisadora Holly Thomas, que aponta este fator como principal para manter o desejo sexual ao longo da vida.
- Há esta percepção social de que, conforme a mulher envelhece, o sexo se torna desimportante ou que a mulher simplesmente para de fazer sexo com a idade. Pelo nosso estudo, nos parece que a maioria das mulheres continua a ter uma vida sexualmente ativa - disse Holly.
No total, 10% das mulheres estudadas consideravam sexo extremamente importante; 50% diziam que era moderadamente importante; e cerca de 20% afirmavam que não era muito importante. As demais não responderam à questão.
Aquelas que colocaram o assunto no topo de sua lista tiveram três vezes mais chances de permanecerem sexualmente ativas em comparação com as que não consideravam sexo importante — sexualmente ativa para o grupo de 48 a 73 anos significa pelo menos uma vez nos últimos seis meses.
O estudo não observou a frequência das relações sexuais, mas segundo a pesquisadora outro estudo apontou uma vez por mês como média para esta faixa etária.
- A vida sexual da mulher pode mudar com o tempo, mas isso não necessariamente significa que o sexo não é importante ou que ela não gosta de sexo - afirmou Holly.