A partir da próxima segunda-feira (23/9), 140 entrevistadores começarão a coletar dados para a Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (Pnaum), lançada nesta quinta-feira (19/9) pelo Ministério da Saúde. O objetivo é mostrar como os remédios são utilizados pelos brasileiros.
O levantamento vai revelar também como se dá o acesso a esses medicamentos pelo Sistema Único de Saúde e pelas drogarias privadas, se as pessoas seguem as prescrições médicas e se há variação no acesso aos remédios de acordo com condições sociais, econômicas e demográficas. A pesquisa inclui medicamentos para as doenças mais comuns e para doenças crônicas
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, os resultados da pesquisa vão fornecer subsídios para políticas de combate à automedicação
Na primeira etapa do levantamento, mais de 38 mil pessoas de todas as idades serão entrevistadas em suas residências. Ao todo, os entrevistadores farão 11 blocos de perguntas, entre elas sobre os hábitos das pessoas, medicamentos que usa, doenças mais frequentes na família, onde conseguem medicamentos e se usam remédio a partir de receita médica ou não.
Na segunda fase do levantamento, serão aplicados questionários nas unidades básicas de Saúde e nos locais de entrega dos medicamentos. Médicos, pessoal responsável pela distribuição de remédios e até secretários municipais de saúde também serão entrevistados nessa etapa.
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, os resultados da pesquisa vão fornecer subsídios para políticas de combate à automedicação. “Medicamento é um produto especial, que pode dar qualidade de vida mas, se mal utilizado, pode levar à morte”, ressaltou o secretário. Ele alerta que, anualmente, cerca de 10 mil pessoas são internadas por intoxicação medicamentosa.
A pesquisa será feita em 245 municípios de todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Os dados serão analisados por professores de 12 instituições, como universidades federais, a Fundação Oswaldo Cruz e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). As universidades federais do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais estão com a coordenação da pesquisa. De acordo com Gadelha, os resultados da primeira etapa serão divulgados em fevereiro de 2014, e os da segunda, em julho. O trabalho terá custo de R$ 9,4 milhões.