RIO - O tipo mais comum de leucemia infantil pode ser neutralizada em ratos após uma série de pesquisas feitas por um instituto em Melbourne. A descoberta pode auxiliar no tratamento com humanos e no desenvolvimento de novas drogas para tratar a doença.
Os pesquisadores alteraram o gene que continha a doença de forma que ele fosse suprimido até parecer desativado, porém, quando o gene foi estabilizado, as células cancerosas se comportaram de maneira a voltar ao seu estado normal, sem a identificação da doença.
— As células recuperaram suas identidades. (O câncer) desapareceu do sangue, da médula óssea e de todos os domínios em que a leucemia desenvolve normalmente — afirmou Graceu Liu, coordenador da pesquisa.
Os resultados foram publicados esta semana na revista Genes & Development.
O estudo é um exemplo de terapia de diferenciação, uma abordagem para o tratamento do câncer, que pretende reabilitar células que se tornaram malignas. A quimioterapia, ao contrário, “só explode as células cancerosas e faz com que elas morram”, disse Liu.
Liu disse que é “intrigante” que simplesmente restaurar um único gene foi o suficiente para transformar as células cancerosas ao normal, já que o gene é apenas um dos muitos que são normalmente mutante em leucemia.
Mas o Dr. Ross Dickins, outro cientista do estudo, disse que seria difícil desenvolver drogas para restaurar este gene ou os outros genes conhecidos por suprimir tumores.
— No entanto, através da compreensão dos mecanismos pelos quais a perda deste gene provoca leucemia, podemos começar a olhar para novas formas de desenvolver drogas que podem ter o mesmo efeito de restauração — disse ele.