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Sistema músculo esquelético

Sistema músculo esquelético Para combater o sedentarismo e suas conseqüências nefastas para a saúde, há cada vez mais uma procura muito grande, principalmente, nas grandes cidades, pelos exercícios físicos, seja nas academias, nas caminhadas diárias, nas corridas, ou na prática de exercício físico é indispensável.
Na verdade, qualquer que seja a atividade física, é preciso que a pessoa faça alguma coisa que obrigue seu organismo a ter trabalho muscular, articulações com sua amplitude de movimento normal, alongamentos para manter os músculos flexíveis, trabalho cardíaco para manter o coração e vasos em forma, os reflexos funcionando em ordem para manter o corpo em equilíbrio. O nosso organismo é uma máquina, não pode parar de funcionar se não ela "enguiça".
Como tudo na vida, porém, é preciso que os exercícios sejam feitos com moderação, sem exageros, obedecendo a uma regularidade e um esforço que estejam dentro de limites de resistência e de capacidade do nosso corpo.
Se os exercícios estão aquém do desejável, o resultado também fica insatisfatório e se por acaso estão exagerados, não respeitando os limites do corpo, serão prejudiciais, pois acarretarão lesões músculos esqueléticas com todas as suas inconveniências.
Cada pessoa tem seus limites e dentro deles está o ideal para fazer a sua ginástica. As lesões do aparelho locomotor podem ser de duas maneiras, o trauma direto, tipo contusões, entorses e o trauma indireto, as chamadas lesões por sobre carga que ocorrem pelo excesso de treino, ao se ultrapassar o limite fisiológico de cada estrutura, podendo acontecer nos tendões, músculos e ossos. Essas lesões são mais difíceis de serem identificadas e surgem por estresse excessivo em determinado tecido biológico.
É muito comum, principalmente entre aqueles que fazem exercícios resistidos, a musculação, o surgimento de dores em determinada parte do organismo, com mais freqüência nos ombros, nas costas, sem que ele possa identificar qual o movimento ou qual o exercício que produziu a dor. As causas destas lesões estão diretamente ligadas a três fatores básicos que são: anatômico, treinamento e biomecânico. O anatômico refere-se à estrutura que foi lesada como o tendão, o músculo, os ligamentos articulares, a cápsula articular, os tendões e o osso. O treinamento é o responsável quando, por sua duração ou intensidade, sobre passa seu próprio limite. O biomecânico é relacionado diretamente com o movimento feito durante o exercício ou o jogo, quase sempre brusco.
Há também a chamada força de impacto como na corrida ou na esteira elástica produzida pelo peso do corpo contra o solo ou outro fator resistente.
Outra lesão também de difícil diagnóstico é a fratura por estresse ou fratura por fadiga. É lesão produzida pelos exercícios que determinam uma atividade permanente em determinadas partes do corpo. Como nas corridas de fundo, nas marchas militares muito extensas, naqueles operários que trabalham com máquinas furadeiras de cimentados. A dor começa insidiosa e depois vai aumentando até impedir qualquer tipo de movimento. Nem sempre o Rx mostra, principalmente no início, e o tratamento é o repouso absoluto.
Essas lesões geralmente impedem que o atleta possa continuar fazendo seus exercícios de maneira que para evitar isso é preciso ter comedimento ao fazer suas atividades físicas.
Correr para não envelhecer
Pesquisadores da Stanford University, nos EUA, publicaram em agosto passado os resultados de um estudo feito em 500 pessoas que têm o hábito de correr regularmente. Foram comparados com um grupo similar de não corredores, durante 20 anos. Os resultados favoreceram em muito o grupo de corredores.
Com 19 anos de observação o grupo de não corredores já havia morrido, 36% contra apenas 15% para os corredores. Os efeitos do envelhecimento demoraram, em média, 16 anos mais para serem sentidos pelo grupo ativo em relação ao inativo.
Outra coisa interessante é que os que correm têm o número de batidas cardíacas bem menores que os outros, as artérias melhor conservadas, além da redução de mortes prematuras, doenças neurológicas, câncer e infecções.
Para os idosos que têm problemas nos joelhos e correr para eles demanda sacrifícios, podem fazer, nas academias, um exercício tão bom como a corrida e que não maltrata os joelhos que é o Transport e que dá os mesmos resultados.
Melhorar a memória
Uma contínua atividade intelectual, como a leitura, exercícios de memória como palavras cruzadas, jogos de damas e de xadrez auxiliam muito na conservação da memória. Assim como os exercícios físicos são indispensáveis para que o sistema músculo esquelético, o sistema cardior-respiratório e as articulações fiquem em forma é preciso trabalhar a parte psíquica e intelectual para que a memória também se mantenha funcionando bem.
A doença de Alzheimer, que tem como principal sintoma a perda da memória que pode chegar a limites extremos e que praticamente não tem tratamento é uma das mais incapacitantes enfermidades da terceira idade. Um estilo de vida ativo, com bastante atividade intelectual, com exercícios físicos feitos com regularidade e boa orientação são básicos para a manutenção da memória.
Exercícios cerebrais feitos de maneira rotineira apresentam efeitos muito positivos sobre a memória e devem procurar estimular nossos principais sentidos como a visão, audição, paladar, tato, olfato e inteligência.
O conceito de que "a função faz o órgão" deve-se aplicar tanto ao "fitness" muscular quanto ao "fitness" cerebral.
Dr. Carlos Augusto Bittencourt Silva

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